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sábado, 13 de fevereiro de 2010

lição07 ebd

Paulo, um Modelo de Líder-Servidor

TEXTO ÁUREO
"E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão"
(2 Co 6.1).

VERDADE PRÁTICA
O líder-servidor não age egoisticamente, antes serve ao povo de Deus com espírito voluntário e solícito.

HINOS SUGERIDOS 115, 127, 394

LEITURA DIÁRIA
Segunda
2 Co 3.1
Paulo, um líder recomendável
Terça
2 Co 4.2
Paulo, um líder exemplar
Quarta
Mt 20.26
Paulo, um líder servo
Quinta
Rm 5.3
Paulo, um líder paciente
Sexta
2 Co 4.5
Paulo, um líder que pregava somente a mensagem de Cristo
Sábado
At 14.22
Paulo, um líder provado pelas adversidades

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 CORÍNTIOS 6.1-10

INTERAÇÃO
Professor, você é um cooperador de Cristo? Atualmente muitos querem exercer liderança, mas poucos querem servir ao Mestre e a Sua Igreja. Jesus, enquanto homem perfeito, é o nosso exemplo de líder-servidor. Certa vez, Ele declarou que não veio a esse mundo para ser servido, mas para servir (Mt 20.26-28). Paulo foi um homem que seguiu as pisadas do Mestre. Ele procurou servir a Jesus em todo o tempo. Mesmo sofrendo retaliação e rejeição de alguns, Paulo amou, liderou e serviu a igreja em Corinto.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se de que o líder-servidor não age egoisticamente, antes serve ao povo de Deus com espírito voluntário.
Compreender que o líder na Igreja de Cristo precisa estar pronto para enfrentar as dificuldades inerentes ao ministério.
Identificar quais são as armas de ataque e defesa de um líder-servidor.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você reproduza em uma cartolina o diagrama abaixo. Leve o cartaz para a sala de aula e fixe-o em um local onde todos possam ver. Explique aos seus alunos que todo líder cristão, a exemplo de Paulo, deve ter um método de trabalho, além de observar alguns princípios bíblicos para que sua liderança seja bem-sucedida. Diga que Paulo superou as dificuldades e circunstâncias sem perder de vista a perspectiva divina porque procurou seguir os princípios relacionados.

Princípios
Referências
Seja firme e corajoso em toda e qualquer situação
2 Co 7.9; 10.2
Seja preciso e honesto
2 Co 7.14; 8.21
Seja amável depois de ser firme
2 Co 7.15; 13.11-13
Procure utilizar palavras que reflitam a mensagem de Cristo,
e não as suas próprias ideias
2 Co 10.3; 10.12,13; 12.19
Use a disciplina somente quando todos os outros métodos falharem
2 Co 13.2
Desenvolva um amor incondicional
1 Co 13
Procure manter a unidade
Jo 17.23
Tenha uma vida de oração
Ef 6.18
Viva aquilo que prega
Tg 1.22
Busque adquirir conhecimento, sabedoria
Pv 4.7
Não faça tudo sozinho
1 Co 3.6

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Líder-servidor
Individuo que, na moderna administração, é visto como o modelo ideal de liderança, pois, em vez de chefiar friamente, serve aos liderados de modo que constrange-os a trabalhar em prol do bem coletivo.

REFLEXÃO
"O líder espiritual deve ter uma "boa reputação" entre os crentes e descrentes."
Gene A. Getz

Neste capítulo, Paulo ainda continua sua defesa, dando provas e descrevendo seu ministério de reconciliação, no qual ele atuava como embaixador de Cristo, representando os interesses do Reino de Deus na terra. Sua liderança é demonstrada em serviço, e ele até se identifica em algumas de suas cartas como servo (Rm 1.1; 2 Co 4.5; Tt 1.1). Seu modelo de líder-servidor era o próprio Jesus, que nos deixou um grande exemplo (Jo 13.1-17; Fp 2.5-8). Por isso, Paulo exortou aos coríntios que o imitassem assim como ele imitava ao Senhor (1 Co 11.1).

I. PAULO SE IDENTIFICA COMO SERVIDOR DE CRISTO (6.1,2)
1. Paulo se descreve como cooperador de Deus no ministério da reconciliação (v.1). A organização dos capítulos da Bíblia (não somente das epístolas paulinas) muitas vezes não obedece à estrutura lógica dos versículos. Os dois primeiros versículos do capítulo 6 são um complemento do capítulo cinco. Quando Paulo usa o plural e "nós, cooperando também com ele", refere-se ao Senhor Jesus que realizou a obra expiatória, pois o Pai o fez pecado por nós (5.21), a fim de pagar a dívida da humanidade, reconciliando-nos com o Criador.
Ao tornar conhecida a obra da redenção, Paulo afirma que estamos cooperando com Jesus Cristo. Deus não depende de ninguém para fazer o que precisa ser feito, mas Ele deseja uma relação de comunhão e serviço em conjunto com o homem, para que este tenha o privilégio de participar do ministério da reconciliação.
2. Paulo, um modelo de líder-servidor. Paulo aprendeu com Jesus que o serviço é a postura ideal para quem deseja liderar, pois o Mestre mesmo disse que não tinha vindo ao mundo para ser servido, mas para servir (Mt 20.26-28). O apóstolo dedicou, pois, sua vida e personificou sua liderança como um líder-servidor. Ele procurou imitar o Mestre em tudo, servindo apenas aos interesses da Igreja de Cristo (2 Co 12.15; Fp 2.17; 1 Ts 2.8).
3. Paulo desperta os coríntios para a chegada do tempo aceitável (v.2). O versículo dois é uma citação de Isaías 49.8. Neste vaticínio do profeta messiânico, surge o Servo do Senhor (que é o Cristo profetizado), com a promessa de ajuda no dia em que a salvação for manifestada aos gentios. Paulo usa a profecia para anunciar que o tempo aceitável (favorável) é agora, o dia da salvação é hoje, e a proclamação do Evangelho que pregava está no presente. O tempo aceitável por Deus e pelos homens é agora, e todos podem participar livremente da reconciliação oferecida em Cristo. A parte final do versículo dois evidencia a preocupação paulina com os coríntios em relação à graça de Deus. A graça salvadora é para "agora", porque este é o momento oportuno de sua aceitação.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Paulo aprendeu com Jesus que o serviço é a postura ideal para quem deseja liderar na vida eclesiástica, pois o Mestre mesmo disse que não tinha vindo ao mundo para ser servido, mas para servir.

II. A ABNEGAÇÃO DE UM LÍDER-SERVIDOR (6.3-10)
1. O cuidado de um líder-servidor. Paulo volta a descrever as agruras do seu ministério apostólico, a fim de fortalecer o fato de que o líder na Igreja de Cristo precisa estar pronto para enfrentar as dificuldades inerentes ao ministério. O apóstolo afirma essa verdade, com as seguintes palavras: "não dando nós escândalo em coisa alguma" (v.3). Em outras palavras, ele estava dizendo que evitava dar qualquer "mau testemunho", para que o seu ministério em particular e o de seus companheiros não fossem desacreditados.
2. Experiências de um líder-servidor (vv.4-6). Nos versículos 4 a 6, Paulo descreve seu ministério apostólico apresentando uma série de seis tribulações e aflições experimentadas por ele. Didaticamente, ele separa esses acontecimentos em três conjuntos, contendo três "experiências" cada. Nos versículos 4 e 5, ele menciona: "aflições, necessidades e angústias" e "açoites, prisões e tumultos". O primeiro e segundo conjuntos descrevem as várias situações de sofrimento, que causaram danos físicos e materiais ao apóstolo Paulo. Ainda no versículo cinco, ele menciona "trabalhos, vigílias e jejuns", referindo-se às dificuldades enfrentadas em seu ministério. Porém, apesar de tudo isso, Paulo não se envergonha do Evangelho de Cristo nem desiste de continuar seu trabalho.
3. Os elementos da graça que o sustentaram nestas experiências (vv.7-10). Em contraposição às seis dificuldades mencionadas acima, no versículo seis, Paulo apresenta outros seis "elementos" que lhe deram força interior, resultantes da graça, e que o sustentaram, bem como a seus companheiros, naquelas tribulações: "pureza, ciência (conhecimento), longanimidade, benignidade, a presença do Espírito Santo e o amor não fingido (verdadeiro)".
A pureza, que é o primeiro elemento, tem a ver com a atitude de um coração íntegro e mãos limpas para realizar a obra de Deus. Ao citar ciência, Paulo referia-se ao conhecimento da Palavra de Deus. Longanimidade fala da capacidade de suportar injúrias e desprezos, sem nutrir ressentimentos. A benignidade, traduzida às vezes por bondade, possibilita o líder cristão a não agir com revanche ou desforra. Fazer algo no Espírito Santo significa reconhecer a sua direção em todas as decisões da nossa vida. Por último, Paulo fala do amor, que deve este ser a nossa maior motivação para o exercício ministerial. Todos esses elementos positivos têm sua fonte no Espírito Santo (v.6), o qual produz o amor não fingido.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Paulo não se envergonha do Evangelho de Cristo nem desiste de continuar seu trabalho.

III. AS ARMAS DE ATAQUE E DEFESA DE UM LÍDER-SERVIDOR
1. As armas da justiça numa guerra espiritual (v.7). Quando usa a metáfora de armas, a mente de Paulo parece transferir-se para um campo de batalha. Como embaixador de Cristo, sente-se também como um soldado preparado para a luta. Suas armas não são materiais ou exteriores; são espirituais (Ef 6.11-17; 1 Ts 5.8). Sua força interior é o "poder de Deus" que o capacita a enfrentar as adversidades sem se render ou transigir em sua integridade moral e espiritual.
2. Os contrastes da vida cristã na experiência de um líder-servidor (vv.8-10). Nos versículos 8 a 10, o texto mostra alguns paradoxos da experiência de Paulo como servo do Senhor. O Comentário Bíblico Pentecostal da CPAD afirma que Paulo "experimentou louvor e vergonha; foi elogiado e caluniado, visto como um genuíno servo de Deus e como uma fraude enganosa; foi tratado como uma celebridade e também ignorado" (p.1099). Ora, em todas essas ocasiões, Paulo superou as dificuldades e circunstâncias sem perder de vista a perspectiva divina. Essas experiências deram-lhe condições de ter alegria frente à tristeza e, pela pobreza material, ter a certeza da inefável riqueza celestial.
3. Paulo dá uma resposta aos adeptos da Teologia da Prosperidade (v.10). "Como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo". Paulo fala literalmente de pobreza material. Não há nada metafórico nessa frase. Ele fortalece o conceito de que a possessão material não é símbolo de riqueza espiritual. Por isso, a riqueza que Paulo podia oferecer era proveniente do Evangelho de Cristo. Dessa forma, o apóstolo demonstra que a pobreza terrena não significa nada, e que ninguém precisa tornar-se pobre para obter riquezas espirituais. A questão aqui é: Qual a nossa prioridade - Deus ou o dinheiro? Pois ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24).

SINOPSE DO TÓPICO (3)
Paulo superou as dificuldades e circunstâncias sem perder de vista a perspectiva divina. Estas experiências lhe deram condições de ter alegria frente à tristeza e, pela pobreza material, ter a certeza da riqueza celestial.

CONCLUSÃO
Se quisermos servir ao Senhor com inteireza de coração, precisamos seguir os passos de Jesus que foi, é e sempre será o modelo perfeito de líder-servidor. Ele viveu para fazer a vontade do Pai e servir a todos (Mc 10.45).

REFLEXÃO
Reconhecer-nos como vasos de barro é reconhecer a maravilhosa graça que nos foi dada

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico

"Agora é o Dia da Salvação 6.1,2. Como cooperadores de Deus, que pertencem a Ele, como também trabalham para Ele, e como embaixadores de Cristo (2 Co 5.20), Paulo e sua equipe exortavam os coríntios a não receber a graça de Deus sem resultado algum. Os coríntios tinham recebido a graça de Deus, inclusive a salvação por Cristo, mas eles não deviam supor que a salvação é mantida automaticamente. É possível 'deixá-la ir por nada' (2 Co 6.1, NEB). Isto aconteceria se eles voltassem à antiga maneira de viver ou se dessem ouvidos aos críticos 'superespirituais' ou aos falsos apóstolos que estavam ensinando um evangelho diferente (cf. 2 Co 11.4; Gl 2.21). Precisamos viver de acordo com a nova vida que nos foi dada (cf. Jo 15.2; Deus tira os ramos que não dão frutos). A seguir, Paulo cita Isaías 49.8 e o aplica aos coríntios. Eles estavam vivendo nos dias em que a profecia estava sendo cumprida. É o dia de Deus, o tempo de Deus. Paulo não diminui a importância da era futura ou as últimas coisas. Mas eles têm de reconhecer que esta é a era final antes da era milenar. Agora é o dia em que Deus torna possível a reconciliação a Ele por Cristo. Hoje é o dia da salvação (cf. Hb 3.12-15). À medida que nos aproximamos do fim dos tempos também temos de aplicar as observações de Paulo à nossa época, de forma que não recebamos a graça de Deus 'em vão' [...]. Nada seria mais triste que ter recebido a graça de Deus e, no fim, se perder. (HORTON, Stanley M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. 1.ed. RJ, CPAD, 2003, pp.213-14).

VOCABULÁRIO
Agrura: Dificuldade, obstáculo.
Injúria: Insulto, ofensa.
Nutrir: Alimentar, sustentar.Transigir: Ceder, abrir mão.
Vaticínio: Predição, profecia.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CLOUD, Henry. 9 Coisas que um Líder Deve Fazer. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.
GETZ, Gene A. Pastores e Líderes: O Plano de Deus Para a Liderança da Igreja. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.
.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 41, p. 39

EXERCÍCIOS
RESPONDA

1. De acordo com a lição, como Paulo descreve a si mesmo?
R. Como cooperador de Deus no ministério da reconciliação (v.1)..

2. Com quem Paulo aprendeu que o serviço é a postura ideal para quem deseja liderar na vida eclesiástica?
R. Aprendeu com Jesus.

3. Cite as séries de tribulações e aflições experimentadas por Paulo.
R. Aflições, necessidades e angústias e "açoites, prisões e tumultos.

4. Transcreva os seis elementos citados por Paulo que lhe deram forças para superar as tribulações
R. Pureza, ciência (conhecimento), longanimidade, benignidade, Espírito Santo e amor não fingido (verdadeiro).

5. De acordo com a lição, qual a resposta que você daria aos adeptos da Teologia da Prosperidade?
R. Livre.

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