http://www.youtube.com/watch?v=xh_E4KtLnxY

sábado, 13 de março de 2010

DEPRESSÃO

DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA

Manifestações na fase pré-verbal :
expressão facial, postura corporal, inquietação, retraimento, choro, recusa de alimentos, apatia, perturbações do choro e resposta diminuída aos estímulos visuais e verbais.


Fase pré-escolar :
dores abdominais, peso abaixo da idade, fisionomia triste, lamentação,irritabilidade, diminuição do apetite, agitação psico-motora ou hiperatividade, transtornos do sono, ansiedade, balanceios, movimentos repetitivos, agressividade auto e hetero e sempre ficar se colocando em situações de perigo, ou manifestando medos difusos.
Progredindo pode haver regressão da linguagem, ecolalia e enurese. Manifestações de dependência
excessiva, ansiedade de separação, controle precário de impulsos e desmodulação afetivo-emocional.


De 6 a 12 anos :
tristeza, choro fácil, apatia, movimentação lenta, voz monótona, falam de modo desesperançoso e sofrido, falam sobre si mesmas em termos negativos:
“sou ruim mesmo”, “ninguém se preocupa comigo”. Baixa auto-estima, auto crítica exagerada,
pensamentos de suicídio ou morte. Humor irritadiço ou instável. Perda de interesses.
Deterioração escolar. Medos difusos. Dores de cabeça e abdominal. (3%)


De 12 a 16 anos :
sentimentos depressivos de desesperança, dificuldades de concentração, tentativas de suicídio. Insônia ou hipersonia, alterações no apetite,provocando alterações no peso, perda de energia e desinteresse pelas atividades diárias e extracurriculares. Irritabilidade quase sempre presente. Pode iniciar uso de drogas e uso abusivo de remédios.(8%)


De 16 a 21 anos :
Risco aumentado de suicídio, por haver maior facilidade, anedonia, irritabilidade,crises de choro, isolamento, uso abusivo de drogas. (12%)
A irritabilidade é o sintoma que + diferencia a depressão na infância/adolescência da do adulto.
A depressão na criança ocorre na mesma incidência nos dois sexos.
Na adolescência (= nos adultos),é duas vezes mais freqüente na mulher.
MANIA :
irritabilidade, auto e heteroagressividade, hiperatividade, distraibilidade acentuada, tagarelice,
discurso incompreensível idéias de grandeza, sensação de possuir poderes mágicos,comportamento bizarro e extravagante, falta de sono. Podem haver alucinações e delírios.
CICLOTIMIA :
Forma menos grave de DB, com períodos alternados de hipomania e depressão moderada.
É crônica e não psicótica. Inicia com mais freqüência no final da adolescência,mas pode aparecer em qualquer idade. As oscilações do humor podem levar a dificuldades sociais e profissionais.
DISTIMIA :
Humor deprimido ou irritável, pelo menos por 1 ano. Deve ter também pelo menos 2 destes sintomas: apetite alterado, sono alterado, baixa energia ou fadiga, baixa auto estima,dificuldades na concentração e em tomar decisões. A criança aqui não chega a se sentir deprimida - é mais pra “desmotivada”.
Risco de não tratado é de evoluir para a “depressão dupla”.
COMORBIDADE :
Transtorno de ansiedade generalizada
Fobia social
Fobia simples
Transtorno obsessivo-compulsivo
Transtorno de conduta
Drogadição
Bulimia e anorexia nervosas
Baixa imunidade
Doenças clínicas


SUICÍDIO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
CONSCIENTE : refletido,voluntário, intencional
INCONSCIENTE : se expõe a situações de risco, acidentes freqüentes,Importante nos conscientizarmos que as crianças podem se matar.
1982 - Campinas - Dr. Cassorla :150 tentativas de suicídio para cada 100 mil/hab/ano levando-se em consideração o “suicídio inconsciente “ esta taxa subiria para muito mais.
Os casos geralmente são escondidos pelas famílias, pela sociedade, até os médicos escondem,quando não colocam no atestado de óbito a verdadeira causa.
Crianças com menos de 5 anos não consideram a morte irreversível.
Com 6 anos teme a morte da mãe e não crê na sua própria
Com 7 anos pensa na morte como algo humano, mas só vagamente que um dia morrerá
Com 8 anos aceita que todos vão morrer um dia e ela também
Com 9 anos passa a aceitar a idéia de morte com realismo de caráter biológico.
Importante valorizar uma primeira tentativa de suicídio como um desejo real de morte, para prevenir as futuras.
O método + usado por crianças maiores de 7 anos é o de ingestão de medicamentos.
As crianças menores parecem associar mais morte com violência e procuram se jogar de lugares altos,facas,enforcamentos ou se jogarem embaixo de veículos.
Importante ao dar a notícia de morte para as crianças, enfatizar o fato de que o morto não voltará mais.
Alguns relatos indicam que várias crianças procuraram a morte na esperança de encontrar um ente querido que morreu, ou de voltar a uma situação anterior de vida que era melhor com a presença deste ente.
Isto muitas vezes é decorrente de idéias transmitidas às crianças como : foi para o céu, não sofre mais,não tem problemas mais, fora o fato de que todo mundo que morre vira “gente boa”,são idéias que as crianças assimilam ao pé da letra. A conduta mais viável num funeral,seria a criança poder ter um contacto breve com a situação para poder perguntar sobre a morte e não ficar com fantasias de culpas, de abandono, ou mesmo de reencontro a curto prazo.
Mentir ou esconder não tem sentido e só favorece a possibilidade da não elaboração do conceito
de morte. No caso de famílias religiosas, deve se colocar a possibilidade de reencontro a muito longo prazo e somente quando DEUS quiser.
A prevenção maior consiste em estarmos atentos aos gritos de socorro, que nem sempre são gritos de suicídio,mas gritos de quem está com problemas e pedindo ajuda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário